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Viana do Castelo vê reconhecido o seu património cultural imaterial

Viana do Castelo vê reconhecido o seu património cultural imaterial

Pouco depois da classificação das pirogas do rio Lima, Viana do Castelo soma mais uma distinção. Desta vez, pela Festa das Rosas, que se realiza há 399 anos.

Nenhuma cidade do Norte de Portugal mantém tão vivas as suas tradições como Viana do Castelo. Palácios e igrejas, ruas e romarias, conventos e imóveis, todos os estilos congregados e preservados na arquitetura, o manuelino, o barroco, o renascentista, a art deco, e ainda o azulejo e a calçada portugueses. Tudo isto faz desta cidade e capital de distrito um dos locais mais amáveis para viver e mais concorridos para comprar casa. O que era evidente para os portugueses, que sempre ali desejaram fazer investimentos imobiliários, nomeadamente para segunda habitação, e para os estrangeiros, que têm chegado em força nos últimos anos, começa agora, também, a ser reconhecido com chancelas estatais que distinguem aquilo que não é inimitável no património.

 

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Se muito recentemente as pirogas do Rio Lima foram classificadas como tesouro nacional pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), agora foi a vez de a Festa das Rosas, romaria de maio que anuncia o início das festividades no Alto Minho e que simboliza a fé da população, ver também formalmente confirmado o seu inestimável valor. O registo da festa acaba de ser integrado no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial da cidade. É uma vitória para quem vive e tem casa na região.

"É reconhecida a importância da manifestação enquanto reflexo da identidade da comunidade em que esta tradição se originou e pratica", lê-se no despacho publicado, neste mês de setembro, no Diário da República, sobre a festa que é também encarada como uma "invocação da primavera e do renascer do ciclo anual da vida".  O texto sobre a romaria de Viana, numa altura em que a cidade tem também em curso a sua candidatura a cidade Mundial da UNESCO, está assinado pela subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, e é sustentado numa proposta do Departamento dos Bens Culturais da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). O documento explica que "a produção e reprodução que caracterizam esta manifestação do património cultural na atualidade traduz-se em práticas transmitidas intergeracionalmente na comunidade, com recurso privilegiado à oralidade e à observação e participação diretas". 

Ano após ano, há já 399 anos, é isto que acontece na margem esquerda do Rio Lima, na freguesia de Vila Franca: a romaria junta milhares de pessoas e toneladas de flores, numa celebração de cor, natureza e camaradagem. A ideia começou a desenhar-se no início de 2021, depois de a autarquia ter aprovado, por unanimidade, um parecer positivo em relação ao registo da festa no inventário nacional, esperando que a inscrição reforçasse "a proteção legal de todo o simbolismo e expressão cultural que as festas representam no plano local e nacional." 

 

festas rosas

 

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Cestos de flores considerados obras de arte popular

A romaria de cariz religioso, criada em 1622, é conhecida pelos gigantes cestos de flores, que se confundem com andores, e que chegam a pesar mais de 50 quilos. São transportados na cabeça pelas raparigas da freguesia, ali chamadas mordomas, que completam 19 anos até ao mês de maio do ano em questão, numa espécie de celebração da passagem para a idade adulta, mas também como demonstração do seu orgulho e d sua fé. Aliás, as flores são depois consagradas a Nossa Senhora do Rosário.

Estes cestos floridos podem implicar longas maratonas de trabalho durante dias consecutivos, pelo que envolvem toda a família, amigos e vizinhos. Mas esse espírito de entreajuda é parte integrante e fulcral da festa. A mordoma escolhe os motivos e os temas do cesto, mas tem de manter tudo em segredo até ao dia do cortejo. Não é uma questão de superstição, mas de saudável competição. Todas as raparigas querem entregar à Santa o cesto mais bonito, o maior e aquele que contém maior quantidade e tipos de plantas. 

Depois de serem exibidos na procissão, momento que todos os anos atrai milhares de visitantes, os cestos com milhares de pétalas de flores ficam em exposição na igreja paroquial da freguesia. Ali hão de servir depois para a decoração dos altares, a confecção das fieiras e o adorno do adro. A tradição nunca mudou e o ritual nunca foi suspenso, apenas evoluiu. Os cestos são hoje ainda mais vistosos do que eram antes - há mesmo quem recorra a bordadores de flores -, sendo já considerados na região como obras de arte popular.

 

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