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Viana do Castelo: Pirogas do rio Lima classificadas como “tesouro nacional”

Viana do Castelo: Pirogas do rio Lima classificadas como “tesouro nacional”

Viana do Castelo vê reconhecido um notável tesouro que atesta a importância do Rio Lima. Em breve, poderá ser visto no Museu de Artes Decorativas da cidade.

A piroga é um tipo de embarcação indígena a remo, feita a partir de um único tronco de árvore cavado no interior. É muito semelhante à canoa. Comprida e estreita, a piroga era muito utilizada pelos habitantes das ilhas da Polinésia e da região da Amazónia. Reza a história que esses nativos, além de bons guerreiros, eram também bons navegadores, pelo que dedicavam um cuidado máximo à construção das suas pirogas, mas também à estética: entalhavam na madeira motivos geométricos, que depois replicavam na pele da tripulação. Na Europa, a piroga é conhecida desde o período neolítico. 

Descobrir pirogas em pleno século XXI é encontrar um tesouro notável. Encontrá-las em Portugal é um acontecimento, porque é a prova de que também aqui muito cedo começou a utilizar-se este tipo de embarcação normalmente atribuída aos povos da América do Sul. Mais do que isso, é um testemunho crucial da navegação em Portugal desde a Idade do Ferro até à Baixa Idade Média. Sendo altamente improvável, foi mesmo isso que aconteceu em Viana do Castelo, no Norte de Portugal. Foram encontrados seis desses raros exemplares. É uma relíquia que se reveste de enorme importância para a comunidade científica, portuguesa e internacional, sobretudo ao nível da arqueologia subaquática, mas também para a comunidade local. O reconhecimento tardou, mas finalmente chegou. 

 

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"É um tesouro nacional", validou agora o Governo. “As pirogas têm enorme valor histórico, artístico e científico, para além de reconhecer o modo como o mar e os rios influenciam a identidade cultural nacional e local e o posicionamento estratégico de Viana do Castelo”, enalteceu também o presidente da autarquia vianense, José Maria Costa.

 

 

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Testemunho do caminho de Santiago

As seis pirogas monóxilas (feitas de uma só peça) resultam de uma recolha arqueológica subaquática realizada no Rio Lima entre 1985 e 2008. O processo de classificação desse valioso conjunto histórico foi iniciado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) em março de 2019 e só agora ficou concluído. "É a primeira vez que bens arqueológicos provenientes de meio náutico e subaquático são objeto de procedimento de classificação como bens móveis, no quadro da lei de Bases do Património Cultural e demais legislação regulamentar", declarou então aquela entidade. A DGPC sublinhou ainda que a abertura desse procedimento estava  justificada pela "proteção e valorização" de peças que "representam valor cultural de significado para a Nação".

As pirogas encontram-se numeradas de 1 a 6, respeitando a sequência em que foram encontradas. A primeira foi descoberta em 1985. A segunda só apareceu onze anos mais tarde. E foi preciso esperar até 2002 para que outra relevante descoberta fosse realizada: duas pirogas cuja data oscila entre os séculos 5 e 11 antes de Cristo. Em 2008, uma nova descoberta: a quinta piroga é ainda mais rara, porque nunca chegou a ser utilizada devido a uma rachadura que não foi possível reparar.

Quase todas as embarcações foram encontradas nos sítios de Lanheses, na margem Norte, e Lugar da Passagem, na margem Sul, nas freguesias de Lanheses e Geraz do Lima, o que prova também que o Rio Lima era usado para fazer atravessamentos e era parte ativa da famosa peregrinação medieval a Santiago de Compostela. Só a piroga 3 estava mais longe, foi descoberta na área da freguesia de Mazarefes, junto à nova ponte do IC1, já perto da foz, na margem direita que acolhe a cidade de Viana do Castelo. A dimensão do conjunto e de cada exemplar - uma delas tem quase sete metros de comprimento -, o seu estado de conservação e a antiguidade de alguns exemplares não é comparável com nenhuma outra descoberta na Península Ibérica, e é única em Portugal.

Agora, a ideia é instalar as seis pirogas no Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo, situado no Largo de São Domingos, que será ampliado só para acolher as embarcações. O Museu já guarda, como uma vez notou José Saramago, "a mais completa e rica colecção de faianças portuguesas, cerca de mil e seiscentas peças que o viajante não pode estudar em pormenor, ou teria de acabar aqui a viagem". 

 

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