Acumular experiências em vez de ampliar património é uma teoria que tem vindo a ganhar muitos adeptos nos últimos anos. Contudo, a pandemia, que já dura há 12 meses, veio deitar por terra a exclusividade dessa opção. Viajar, conhecer pessoas novas, descobrir outras culturas, vivenciar novos países é tão gratificante que devia ser quase obrigatório, mas a segurança e o conforto de ter casa própria é um luxo impagável e, por isso mesmo, um passo que não deve ser ignorado no curso da nossa vida. Porque há um ponto de equilíbrio entre o materialismo e o experimentalismo - e esse ponto reside justamente no facto de haver sempre um lugar seguro para onde voltar. E onde ficar, quando não se pode fazer mais nada.
É evidente que estamos todos cansados do confinamento e das limitações que lhes estão associadas, mas uma vez que a imunidade de grupo só deverá ser atingida, em Portugal e na Europa, no final de setembro, não é líquido que possamos voltar a viajar este verão. Se o fizermos, não só será de uma forma radicalmente diferente daquela a que nos habituámos, como estará longe de ser 100% seguro. Assim, numa altura em que a possibilidade de viajar está fortemente diminuída, na geografia e nas condições sanitárias, comprar casa pode mesmo ser a melhor maneira de preparar a próxima viagem, mas também um futuro melhor.
Há, aliás, um dado recente curioso: de acordo com um inquérito realizado no final do ano passado (entre 20 de novembro e 3 de dezembro) pela European Travel Commission (ETC) a quase seis mil cidadãos da União Europeia, mais de metade (52%) declarou estar disposto a viajar de avião este verão. Mas muitos deles têm a expectativa de apanhar um avião para... Portugal.
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"Sentimo-nos muito mais seguros aqui", afirmou, ao semanário "Expresso" o casal norte-americano Patrick Dunn e Ann Juliano, que não só decidiu passar o confinamento em Portugal, como residir aqui por tempo indeterminado. "O plano agora é voltar só quando a situação no Reino Unido estiver mais segura, agora ainda está longe disso." Mais à frente, a francesa Anne Lemonnier explica por que razão levou mais longe o fascínio por Portugal: "Descobri que havia imobiliário para vender e acabei por comprar uma casa que vi e adorei". E acrescenta: Os portugueses em geral são pessoas de bem com a vida, nada agressivas ou hostis, o que é muito bom". Agora, diz, o plano é "passar muito tempo aqui".
Os portugueses têm uma tendência para serem os últimos a dar valor àquilo que têm, seja o sol, o mar, a segurança ou mesmo as paisagens que surgem repetidamente na imprensa internacional. A verdade é que o país tem quase tudo aquilo que os estrangeiros desejam, incluindo as habitações, apartamentos e moradias em localizações paradisíacas e com preços que noutros países seriam impensáveis. Se a tudo isto somarmos o facto de os juros continuarem surpreendentemente baixos, percebe-se que este ano pode ser uma oportunidade irrepetível para adquirir um imóvel, o que poderá fazer na imobiliária que é líder de mercado no Norte de Portugal: a ENTREPORTAS.
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Em todo o caso, se o seu desejo é mesmo viajar, o Fugas, suplemento de viagens do jornal "Público" consultou os dados fornecidos pela IATA (International Air Transportation Association) para aferir quando e em que termos os viajantes oriundos de Portugal poderão viajar, e constatou o seguinte cenário:
27 países com restrições baixas (pode-se viajar e provavelmente não ser sujeito a quarentena na entrada nem no regresso); 118 países com restrições moderadas (é possível viajar para estes destinos, mas o mais provável é ter de obedecer a algumas regulações, como fazer um teste à covid-19 ou cumprir quarentena à chegada ou no regresso); 80 países com grandes restrições (viagens suspensas, o país pode estar fechado ou permitir a entrada apenas a cidadãos residentes e/ou se se cumprirem requisitos restritos); 9 países com restrições desconhecidas (sendo necessário consultar junto do Governo quais as recomendações mais actualizadas).
O diário sublinha que todas estas opções têm uma ressalva: a qualquer momento, os voos podem ser cancelados ou adiados. E acrescenta que os destinos urbanos e culturais, que incluem visitas a monumentos e museus, não estão contemplados neste plano.
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