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A Póvoa de Varzim não se esgota enquanto destino de praia, mas a verdade é que os seus 12 quilómetros de costa surtem um efeito magnético nos visitantes, e não apenas naqueles que procuram moradias ou apartamentos para passar o verão. Os peregrinos do Caminho Português da Costa também não resistem à paisagem desta cidade do Minho. “Os peregrinos têm uma atração magnética pela beira-mar. Logo que podem, afastam-se do caminho tradicional”, explicou, recentemente, o arqueólogo José Flores, à revista "Evasões". “Aqueles que vêm de zonas onde o mar é uma miragem, como a Europa central, são normalmente aqueles que mais procuram este caminho”, sublinhou. Estes 12 quilómetros, que podem ser percorridos junto às praias - quase todas com bandeira azul - ou pelos passadiços sobre o areal, começam na Igreja da Lapa, no extremo sul do concelho, e terminam nas dunas de Estela, já na fronteira com Esposende.
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É também nessa linha que a compra de casa é mais intensa. As famílias e os investidores que ali procuram imóveis sonham com o cheiro a maresia, com a possibilidade de apreciarem o pôr do sol a partir da varanda ou do terraço de casa, com a vista mar e com a facilidade em dar um mergulho naquelas águas poveiras de efeitos terapêuticos, cuja fama remonta ao século XVIII. Na altura, houve mesmo um médico, de nome Belarmino da Costa Pereira, que escreveu uma dissertação sobre "A Póvoa de Varzim como Estação Balnear Marítima", em que recomendava “pelo menos dois meses, e dois períodos de vinte banhos, separados por um intervalo de oito dias” para a convalescença de doenças graves. Hoje, grande parte do que então eram consideradas doenças graves já foi extinta, mas há uma tradição que se mantém: as elites continuam a querer ter ali uma propriedade para residência fixa ou temporária. E, agora, cada vez mais, também os estrangeiros.
O que oferece então, afinal, a marginal da Póvoa de Varzim, para que a sua popularidade nunca se tenha esboroado nos últimos séculos? Ao longo de toda a costa atlântica, encontra-se um areal extenso, dourado e acessível, que atravessa as localidades da Póvoa, Aver-o-Mar, Aguçadoura e Estela. O mar é rico em iodo e a temperatura é quase sempre amena. Tal como antes, a praia da Póvoa é visível ao longe, continuando a exibir as típicas barracas de pano às riscas, que servem para colorir o cenário e proteger os banhistas das nortadas. Entre as suas principais virtudes, está também a proximidade dos prédios de habitação. Basta atravessar a rua para dar um mergulho ou, em sentido inverso, para entrar em casa. Por outro lado, toda a zona costeira é um centro de convívio, uma vez que ali se concentram dezenas de restaurantes, cafés, bares e esplanadas. A marginal, que é também uma espécie de miradouro, é ainda local de eleição para caminhadas, passeios de bicicleta. E, não por acaso, foi a zona escolhida para edificar os pavilhões desportivos e as piscinas municipais. Não estranha, portanto, que este seja um dos municípios com melhor qualidade de vida do Norte de Portugal.
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“Depois, há ainda Aver-o-Mar com as suas medas de sargaço, e os campos de masseira na Aguçadoura. Toda esta costa está cheia de lugares apetecíveis, de pequenas ermidas, como a de Santo André. Tudo isso está ao alcance do peregrino ou do simples passeante que por aqui queira caminhar”, torna a enfatizar José Flores. Para este especialista, um dos fatores de atração do caminho de Santiago pela costa é mesmo "a possibilidade de ir vendo os longos horizontes marítimos, as longas praias, os ventos, as plantas e os animais que enchem os areais e as dunas".
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Finalmente, a grande artéria do comércio tradicional da cidade fica ali a dois passos, na famosa Rua da Junqueira, que une a urbe e o mar, e que se orgulha de ter sido uma das primeira ruas pedonais do país. Não muito longe, na Avenida Mouzinho de Albuquerque, está um dos escritórios da ENTREPORTAS, a agência imobiliária que é líder de mercado da região e onde pode encontrar a sua casa de sonho, junto ao mar.
