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Torta de Viana já é certificada. Conheça outros doces da cidade

Torta de Viana já é certificada. Conheça outros doces da cidade

Para quem adora doces conventuais, Viana do Castelo é paragem obrigatória. Conheça sete iguarias da região para ter à mesa com a famosa e agora certificada Torta.

Viana do Castelo, a cidade atlântica mais a Norte de Portugal, é reconhecida pelo seu património, pelas praias, pela preservação das suas tradições e, também, pela riqueza da sua doçaria conventual. Uma das receitas mais cobiçadas do Alto Minho é a da Torta de Viana. Sabendo-se que é um doce tradicional feito à base de creme de ovo, farinha e açúcar, poucos conhecem o segredo que agora valeu a esta Torta a sua certificação a nível nacional.

 

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O processo de certificação foi iniciado em fevereiro de 2020 e nasceu precisamente "da necessidade de preservar a receita tradicional de um doce que tem associado a si o nome de Viana do Castelo, identificando as suas características, de modo a valorizar e promover este produto endógeno e, ao mesmo tempo, permitir diferenciar a Torta de Viana, dando a garantia e confiança ao consumidor de que está a consumir um produto local com qualidade reconhecida, com a receita original que existe desde o século XVI", justificou, em comunicado, a autarquia.

A receita da Torta nasceu em 1505 no Convento de Santa Ana de Viana do Castelo. Reza a história que as primeiras freiras eram Clarissas e teriam vindo do Mosteiro de Vila do Conde onde já eram conceituadas artistas da doçaria. A famosa Torta era um doce importante, apenas preparado para ocasiões especiais. Também por isso era conhecida como Torta Real. Para a confeção desta receita misturam-se gemas de ovos com açúcar e um pouco de farinha. Depois juntam-se as claras e as gemas batidas em castelo. Deita-se a massa sobre um tabuleiro barrado com manteiga, forrado com papel vegetal igualmente untado com manteiga, e leva-se a cozer no forno. Depois de sair do forno, desenforma-se sobre um pano branco polvilhado com açúcar e barra-se com ovos moles. Finalmente, com a ajuda do pano, enrola-se o bolo, mantendo-se embrulhado por uns instantes para garantir que ganha a forma de rolo. Parece fácil, mas falta o segredo que a torna única. E esse não temos.

Há quem diga que todos os doces conventuais portugueses são parecidos, mas não é verdade. É, aliás, por isso, que cada região do país faz tanta questão de patentear as suas iguarias. Mais do que isso, faz questão de que cada produto seja degustado no seu lugar de origem. É assim, por exemplo, com o pastel de Belém, que deve ser comido em Lisboa, ou com o pastel de Santa Clara, que deve ser comido em Coimbra. Acontece o mesmo em Viana do Castelo, cujo ex-libris gastronómico está longe de esgotar-se na Torta.

 

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ENTREPORTAS Imobiliária vai dar-lhe a conhecer sete doces conventuais - esses que graças a Pero Vaz Caminha eram antes chamados de "fartéis" - que levam centenas de pessoas de propósito à cidade. Antes disso, duas curiosidades sobre a doçaria conventual portuguesa: muita gente estranha a ausência de chocolate na cozinha tradicional portuguesa, mas a explicação é simples. De acordo com Virgílio Nogueiro Gomes, autor do Dicionário Prático da Cozinha Portuguesa, não há chocolate na doçaria conventual portuguesa porque os espanhóis levaram o cacau do México para a Europa, boicotando o acesso de Portugal ao produto durante longos anos. Quando Portugal e Espanha fizeram as pazes, as ordens religiosas já tinham sido extintas. Logo, já não havia freiras e monges a darem largas à sua criatividade culinária. A outra curiosidade prende-se com o porquê destes tesouros gastronómicos terem nascido nos mosteiros e nos conventos. Mais uma vez, a razão é histórica: por pura sobrevivência. Os doces sustentaram essas instituições nos seus tempos de crise.

Conheça agora sete doces conventuais de Viana.

1. Doces de Gema

Não há Páscoa ou festa tradicional em Viana do Castelo que não tenha doces de gema, também conhecidos por cavacas. Os bolinhos que levam apenas gema de ovo, açúcar e limão são uma tradição secular, que também nasceu nos conventos.

2. Bolas de Berlim

Bola de Berlim

 

Se for a Viana do Castelo em qualquer dia da semana e estranhar uma fila à porta de uma confeitaria, saiba que a razão chama-se Bola de Berlim. O sabor daquela famosa bola com creme de pasteleiro continua a justificar ficar horas à espera de ser atendido. Apesar de terem sido trazidas por alemães durante a II Guerra Mundial, foi em Viana que se tornaram inconfundíveis. 

3. Meias Luas

São pequenos pastéis caracterizados pela sua forma de meia-lua, com um recheio cremoso e consistente, feito a partir da clássica mas sábia combinação do açúcar, com os ovos e as amêndoas, envolvidos numa massa externa fina com farinha, açúcar, manteiga e sal.

4. Biscoitos de Viana

Eram os biscoitos preferidos do escritor brasileiro Jorge Amado. E continuam a ser uma das principais especialidades vianenses. São pequenas bolachas crocantes, que geralmente servem para acompanhar um chá ou vinho do Porto. No Minho não há casa que os não tenha.

5. Manjericos

Os Manjericos de Viana são uma especialidade relativamente recente. Criados em 1970, terão surgido da ideia de encher um copo de baunilha com uma receita caseira de doce de ovos. Depois de cheio e frisado, o doce lembra um vaso de manjerico de São João. Daí, o seu nome.

6. Sidónios

Têm a estranha forma de caixão, porque foram criados em homenagem ao ex-presidente da República Sidónio Pais, assassinado em 1918, levando até Fernando Pessoa a dedicar-lhe o poema "Presidente-Rei". Mas depois são, afinal, pequenos bolos feitos de amêndoa, açúcar e ovos - e um dos doces mais procurados da região.

7. Arroz Doce de Perre

O arroz doce (à colher ou à fatia) é uma sobremesa muito comum nas mesas portuguesas, mas tem origem na freguesia de Perre, em Viana do Castelo, provando, mais uma vez, que com apenas três ou quatro ingredientes é possível confecionar uma iguaria deliciosa.

 

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