VIANA DO CASTELO
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Na reta final do ano começa a contagem decrescente para a organização da lista de expectativas para os 12 meses que se seguem: votos, desejos, promessas, metas a cumprir. Esta lista é fundamental depois de um ano de fraca memória, em que falhou o propalado regresso à normalidade. Desta vez, não prometa emagrecer, deixar de fumar ou passar a aproveitar melhor os tempos livres. Se vai mesmo fazer uma lista de resoluções de ano novo, seja ambicioso e pragmático, e concentre-se num objetivo que lhe traga realmente vantagens, também financeiras, e paz de espírito. Um objetivo que o defenda, a si e à sua família, da incerteza do mundo. Mas isso existe, perguntará? Existe e resume-se numa palavra: imobiliário.
Um pouco por todo o mundo, empresas, academias e consultoras estão a tentar responder a esta pergunta: onde investir em 2022, se tudo está a mudar tão depressa, se ainda não se sabe quando acontecerá o desfecho da pandemia e se a inflação será mais alta do que o esperado? Ainda valerá a pena investir no setor imobiliário? Se sim, em que tipo de imóveis? Moradias ou apartamentos? Com vista mar ou no interior do país? Quais os melhores países e as melhores cidades para comprar casa? Com que juros? Para que tipo de retorno?
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A ENTREPORTAS analisou vários relatórios mundiais que têm sido divulgados nas últimas semanas e constatou que todos têm em comum uma variável: a defesa de que o mercado imobiliário vai efetivamente mudar, mas nenhum outro tipo de investimento consegue ainda ser tão seguro e tão rentável. Há mesmo um estudo que concretiza a resposta: casas e lojas serão as melhores apostas de 2022, a Europa é o melhor lugar para adquirir imóveis - "o segmento residencial continuará forte e deverá aumentar" - e, dentro da Europa, Portugal continua a surgir em lugar de destaque. Também por causa do turismo, que foi muito menos beliscado com a pandemia do que outras nações com características semelhantes.
A região litoral do país surge como um território muito apetecível. No Norte do país, vale a pena ficar atento às oportunidades em cidades costeiras, como Viana do Castelo, Vila do Conde ou Póvoa de Varzim. Mas, com o tema da sustentabilidade e da economia verde a ganharem cada vez mais espaço no topo da agenda, é impossível ignorar localidades mais pequenas do interior do país, como Cinfães, Marco de Canaveses ou Baião. Por outro lado, o segmento de estudantes aparece também como um bom investimento. Lembre-se que em Portugal existem quase meio milhão de alunos a frequentar o Ensino Superior, a maior parte deles a viver fora de casa dos pais.
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Esta tendência não vale apenas para os grandes investidores - mesmo se mais de 80% daqueles que estiveram presentes na 5ª edição do Portugal Real Estate, que decorreu em outubro, no Estoril, garantiram que vão investir no imobiliário em Portugal em 2022 -, vale também para as famílias. Por isso, coloque-se na corrida e invista no seu futuro. De acordo com vários especialistas consultados, o mercado de arrendamento vai continuar a crescer, pelo que comprar casa para arrendar continua a ser um negócio rentável. E, apesar de o teletrabalho ter vindo para ficar, o mercado de escritórios também terá um impulso positivo, devido ao aumento da oferta de emprego em setores que exigem espaço.
A "Nuveen Real Estate", uma empresa gestora com mais de 80 anos de experiência, resume as cinco tendências para o mercado imobiliário para o próximo ano e explica porquê. 1) Apesar de reconhecer que ainda haverá muitas incertezas em 2022, dá como certo o crescimento da economia. 2) A empresa confirma, também, que o futuro do trabalho será híbrido, mas ressalva que isso abre outra janela de oportunidade, não só para quem quer comprar ou vender casas maiores, com mais espaço exterior, como terraços ou jardins, mas também para quem quer comercializar escritórios. 3) Por outro lado, aconselha a diversificar a estratégia de rentabilidade dos imóveis, não apostando tudo apenas num segmento, e alerta para as mudanças que se seguirão (demografia, tecnologia e sustentabilidade), avisando que serão rápidas e que terão impacto no mercado imobiliário. 4) Partilha uma certeza "para a década": "historicamente, o mercado imobiliário oferece aos investidores um forte retorno e apresenta muito menos volatilidade do que qualquer outro investimento. 5) Por fim, o mercado imobiliário é a melhor proteção contra a inflação.
Se chegou ao fim do texto, lembre-se disto: não tem um milhão de euros? Não se preocupe, não precisa. Comece por investir cinco ou dez mil euros. E daqui a dez anos faça a conta de multiplicar. Se, mesmo assim, precisar de fazer um empréstimo bancário, então lembre-se que o Banco Central Europeu já deu a garantia de que os juros não subirão em 2022. Bom ano novo e bons investimentos!
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