Dias frios, filmes quentes. Eis o que precisa para criar uma sala de cinema em casa: bons amigos, bons petiscos e uma televisão com boa resolução e bom som.
Luzes, sofá, ação! Já todos tivemos vontade de entrar num filme, o que não é fácil, e também já todos tivemos vontade de ter uma sala de cinema em casa, o que não é tão difícil como à primeira vista pode parecer. Nos dias frios de inverno, uma sala escura, um ecrã grande, mantas quentinhas e bons filmes são mesmo a melhor solução para reunir a família e os amigos em casa. Pode ser também uma maneira para, de vez em quando, ou aos fins de semana, aderir ao conceito "slow living", viver mais devagar, para depois recomeçar a semana de trabalho mais revitalizado. Pode ser ainda ser maneira de fazer a família inteira feliz com um programa que agrada a todos, independentemente da idade.
Não precisa de desarrumar a casa inteira, nem de perder três dias a preparar tudo, nem tão pouco de gastar dinheiro. Para começar, precisa de ter uma televisão com boa resolução, de preferência smart, para poder projetar conteúdos do telemóvel, por exemplo. Se tiver colunas que possam ser ligadas à televisão, melhor. Depois, vai ser necessário escolher a divisão da sua moradia ou apartamento onde pretende fazer acontecer a Sétima Arte. Há sempre a tentação de escolher um dos quartos, mas além de limitar o número de pessoas a convidar, também pode ser um incentivo ao sono. E a ideia é conviver, não é dormir. Se não tiver uma divisão mais desocupada no seu imóvel, não gaste muito tempo a pensar nisso e opte pela sala de estar. Feche as persianas e as cortinas, para que fique suficientemente escura, e espalhe almofadas e mantas consoante o número de pessoas que pretende reunir. Também é importante que, na medida do possível, não se ouça o barulho da rua.
Se forem poucas pessoas e couberem todas nos sofás, ótimo. Se houver crianças em casa, envolva-as na construção do momento: elas podem ajudar a decorar o espaço, podem recortar estrelas, como as de Hollywoood, para colocar temporariamente na parede, podem inventar uma passadeira vermelha, podem desenhar os bilhetes e o cartaz do filme que decidiram ver ou mesmo fazer uma claquete em cartolina para anunciar o início da sessão. A propósito, o que não deve, de maneira nenhuma, fazer: deixar a escolha do filme para o próprio dia. O mais normal seria ver uma hora ou duas horas a voarem antes de ter havido consenso sobre a película a visionar. Por isso, a escolha tem de ser realizada na véspera. Até pode ser sujeita a votação, a partir de uma short list, que pode ser temática: por estilos, autores ou filmes premiados nos Oscars. E, de repente, está criado outro comprmomento divertido em família.
Não se esqueceu de nada? Não há cinema sem pipocas. Uma vez que está em casa, além desse mítico balde de milho frito colorido (as crianças também podem fazer cartuchos individuais para servir as pipocas), junte mais petiscos, snacks doces e salgados, para dar outro sabor ao filme. Lembre-se que o cinema tem um intervalo. Essa pausa pode ser outro momento para criar memórias felizes (e não só para ir à casa de banho). Sirva chá ou chocolate quente, tenha um bolo caseiro preparado de véspera, junte frutos secos e não precisa de mais nada. A ideia não é arruinar a sessão de cinema com uma debandada para a cozinha. O intervalo não deverá ter mais de vinte minutos, para que ninguém desista ou disperse a atenção ou vá a correr para os telemóveis que, aliás, devem estar desligados durante a sessão. "Slow living" e "offline" pode ser um bom mantra para os fins de semana.